quinta-feira, 1 de setembro de 2016

O U-28 e o Monstro do Atlântico - outras reflexões

 
Morte Aquática do Passado
Apesar de ser opinião dos céticos que a história do encontro entre o U-28 e o monosauro nasceu da popularidade dos contos sobre monstros de lago, como o famoso Monstro do Lago Ness, é importante perguntar por que um oficial da Marinha de carreira e, ainda por cima, detentor do título de Barão, iria se esforçar para inventar uma história tão bizarra como esta. Uma regra é quase certa em situações assim: encontros com o inexplicável tendem a levar ao ridículo aquele que o divulga. Li em algum lugar que pescadores de pequenas vilas costumam trazer animais bem estranhos em suas redes mas acabam jogando esses 'monstros' de volta no mar para não ficarem estigmatizados entre seus colegas.

Infelizmente as outras 6 testemunhas do ocorrido, incluindo o quarto-oficial Dieckmann, o maquinista-chefe Ziemer, o oficial de máquinas Romeiss e os cozinheiros de bordo Robert Mass e Able Bartles morreram durante a guerra, o que torna o relato do comandante o único existente.
 
 
 
Em 1935, o livro "Case for the Sea Serpent", escrito por R. T. Gould, foi publicado na Alemanha. Este livro ofereceu ainda mais detalhes sobre o estranho acontecimento, a verdadeira causa da final explosivo da Ibérica:

"(...) a descrição de um animal estimada em 20 metros de comprimento, visto por mim e alguns membros da tripulação do submarino U-28 em 30 de julho de 1915 no Oceano Atlântico; [Ele] foi avistado a estibordo, a cerca de 60 milhas náuticas ao sul de Fastnet Rock, no exterior da borda sudoeste da Irlanda, após o naufrágio do navio britânico Ibérica. "


O Farol em Fastnet Rock
"Este animal foi arremessado cerca de 20 ou 30 metros no ar por uma explosão subaquática cerca de 25 segundos após o naufrágio do navio. É possível que esta foi causada pela detonação de um artefato explosivo a bordo, cuja existência assumimos estava escondido a bordo, ou a partir de uma pequena explosão de caldeira ... Esta explosão certamente poderia ter sido o resultado de uma detonação, mas na minha opinião, só uma explosão nos espaços mais profundos dentro do navio poderia ter produzido tal pressão de ar. " 

Alguns acreditam que a criatura avistada seria um mosasauro, devido à descrição do comandante. Entretanto, com base na descrição do comandante a respeito dos pés do animal ("pés palmados"), parece haver uma semelhança maior entre o animal em questão e a família dos também extintos crocodilos marinhos gigantes conhecidos como thalattosuchia. O termo "crocodilo" é mal empregado, sendo o mais adequado Crocodylomorpha, um importante grupo dos Arcossauros, que incluem aves e os crocodilianos.



Crocodilo Thalattosuchia

Alguns descartam essa teoria devido ao fato de Von Forstner ter descrito a besta como tendo uma cauda aguçada, em vez de bilobal (ou em foice) como os peixes, o que caracterizaria a cauda de um thalattosuchia. Apesar deste ser um ponto válido, deve-se manter em vista que uma explosão tão maciça como a que atingiu o Iberian poderia ter causado algum dano colateral ao tal monstro/enigma aquático, que, segundo o relato, foi arremessado em direção ao céu pela explosão. Não é viajar demais sugerir que uma pequena parte da cauda do bicho foi removido durante a tal detonação.

Em 2 de setembro, do mesmo ano, o U-28 foi danificado seriamente no Cabo Norte depois de ser atingido por destroços do navio de munições Olive Branch, que explodiu depois de ser torpedeado por U-28, no melhor estilo feitiço que se vira contra o feiticeiro.

Infelizmente - como em muitos desses casos - a verdade sobre este fato, junto com os restos do Ibérica, podem estar perdidos para sempre no fundo do oceano.

Um site legal para quem desejar saber mais é esse aqui, do Amazing Mike Dash. Parece ser interessante, analítico e bem completo.... eu é que ainda não tive saco pra ler.

http://blogs.forteana.org/node/93

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